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10 de setembro

Segundo dados da OMS, no mundo, uma pessoa se suicida a cada 40 segundos. No Brasil, o número é menor, porém não menos alarmante: aqui, isso ocorre a cada 45 minutos, e, para cada ato consumado, há 3 tentativas, sem sucesso. Também é importante frisar que um caso de suicídio afeta outras 6 a 10 pessoas.

Ocupando o 2° lugar no ranking de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, este ato ainda é pouco discutido em nossa sociedade, por, na verdade, tratar-se de um tabu. O mais preocupante é que, ao contrário de todas as causas externas de óbitos, como acidentes de trânsito e homicídios, o número de casos aumentou 60% nos últimos 45 anos.

Pensando nisso, a Associação Internacional de Prevenção do Suicídio criou a campanha do Setembro Amarelo, para chamar a atenção da sociedade para esta realidade, elegendo o dia 10 de setembro como o Dia Internacional de Prevenção do Suicídio.

 

O que podemos fazer com relação a isso?

Em primeiro lugar, é muito importante a conscientização. Vivemos a “Era da Ansiedade”. A tecnologia trouxe-nos muitos benefícios, porém, ao mesmo tempo, permitiu que a velocidade das informações nos pressione para resultados imediatos, e busca da perfeição. Somos pressionados, já na infância, a sermos indivíduos bem-sucedidos, porém pouco se fala sobre inteligência emocional. Diante de tanta pressão, muitos se sentem “sufocados”, “sem saída”, e com dificuldade de encontrar apoio, pois isso pode ser sinônimo de “fraqueza”.

Isso não é verdade. A rapidez com que as coisas acontecem no nosso dia-a-dia exige um esforço sobre-humano para acompanha-las, e não há nada errado em não conseguir. Somos seres humanos. Estamos sujeitos a todo tipo de sentimento, podemos apresentar sintomas de cansaço quando sobrecarregados, bem como tristeza, irritabilidade, dentre tantos outros sintomas.

Alguns de nós apresentam predomínio de certos tipos de sentimentos por um tempo mais prolongado, desencadeando doenças como a depressão, ansiedade generalizada, transtorno bipolar de humor. Embora, hoje em dia, ainda se pense em doenças mentais como as incapacitantes, como no caso da esquizofrenia, todas as anteriormente citadas fazem parte deste espectro, porém seus portadores não são “loucos”; são pessoas normais, como eu e você.

Por isso, fiquem atentos para sintomas que indicam riscos de suicídio: tendência a isolamento social, angústia, aflição, desinteresse por tudo, baixo rendimento escolar ou produtividade. Quando a pessoa possui alguma doença de base, como as citadas, os riscos são ainda maiores. Também lembre-se do abuso de álcool e outras drogas como potencializador do sofrimento.

Identificando qualquer desses sinais em alguém próximo, não hesite em oferecer ajuda, como um ombro amigo, e conte sempre com ajuda profissional especializada – psiquiatras, psicólogos, médicos de família.

90% dos suicídios podem ser evitados, porque todo suicida tem desejo de viver, e clama por socorro. Vamos fazer a nossa parte?


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