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DOENÇAS DE PELE

As doenças de pele representam hoje a quarta maior causa de incapacitação no planeta.

O dado, inédito, vem de uma robusta revisão englobando registros hospitalares e mais de 4 mil pesquisas publicadas ao redor do mundo.
Consideramos nessa conta qualquer efeito negativo na vida e na saúde.

No caso dos problemas dermatológicos, isso incluía dor, deformidade, impacto psicológico e, embora a estatística não considere esse ponto, até morte, explica a autora da investigação liderada pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.

Os perrengues que podem atormentar a pele, longe de serem só estéticos, têm a ver com uma peculiaridade e tanto: falamos do maior e mais exposto órgão do corpo humano.

Ele está sujeito a vírus, fungos, raios solares, elementos alergênicos e irritantes. É vasto o rol de agressores externos, sem contar que às vezes a discórdia se inicia dentro do próprio organismo. A grande questão, porém, é que os danos à derme não têm consequências apenas frente ao espelho.

Doenças dermatológicas podem prejudicar as relações sociais e a capacidade produtiva, alerta o diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Dermatite, acne, urticária e psoríase, transtornos inflamatórios comuns na população, foram as condições com maior impacto no dia a dia em nossa análise”, revela o dermatologista coordenador do trabalho americano.

Alguns males, por outro lado, se aproveitam da aparência inicialmente discreta para crescer durante anos e tornar-se uma ameaça ao corpo todo, caso dos tumores de pele, com alta incidência no Brasil. 

Destrinchamos os distúrbios que encabeçam esse ranking e as táticas para vencê-los ou ao menos controlá-los.

Dermatites

 “Tecnicamente, chamamos de dermatite qualquer inflamação na pele”, explicam os dermatologistas. Três tipos, porém, são mais recorrentes nos consultórios. 

A dermatite atópica, que surge sem motivo aparente e costuma estar ligada a crises de rinite e asma.

Ela é mais prevalente e preocupante nas crianças, chegando a exigir internação em alguns casos.

Para contrapor a vermelhidão e as lesões em algumas áreas, o tratamento recorre a cremes específicos e remédios que controlam a inflamação – há situações em que a melhora só vem com os anos.

Nos adultos é mais frequente deparar com a dermatite de contato, uma irritação que aparece depois da exposição a uma substância ou tecido – pode ser perfume, lã…

O local agredido fica vermelho, arde, descasca e chega até a formar bolhas.

Há casos em que a pessoa precisa inclusive se afastar do trabalho. Cerca de 20% dos funcionários do setor industrial têm sensibilidade a algum componente que manuseiam.

O essencial é justamente decifrar a causa das lesões.

Por fim, tem a dermatite seborreica, a famosa caspa, que na maioria das vezes só gera a descamação do couro cabeludo e das sobrancelhas, e seus consequentes pontinhos brancos nas roupas.

Nos casos menos severos, xampus especiais tendem a resolver a vida.


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