Dormir é o melhor remédio.
Estatísticas demonstram que 16 a 40% da população mundial sofre algum distúrbio de sono.
Durante o sono, ocorrem importantes processos metabólicos, fundamentais à nossa saúde e bem-estar.
Quando o processo sono-vigília encontra-se em desequilíbrio, verdadeiras catástrofes podem ocorrer a curto, médio ou longo prazo.
Pessoas que dormem menos que o necessário tem menor vigor físico envelhecem precocemente e estão mais propensas a infecções e ao desenvolvimento de doenças, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
A necessidade de sono: de sono é individual; uns dormem mais e outros, menos e essa variação também tem a ver com sexo e idade.
Adultos precisam em média, de sete a oito horas de sono diárias; crianças, de nove a onze; e bebês, de 16 horas ou mais de sono ao longo do dia.
A maioria das pessoas não respeita sua necessidade de sono nem sabe o quanto isso é importante.
A privação do sono, em longo prazo, pode comprometer seriamente a saúde, pois algumas das funções vitais do organismo só acontecem enquanto estamos dormindo, como a produção do GH (hormônio do crescimento), cujo nível mais alto de produção acontece durante o sono profundo.
O GH ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico, estimula o sistema imunológico e combate a osteoporose.
Em suma, dormir ajuda a emagrecer e a rejuvenescer!
A melatonina, hormônio produzida pela glândula pineal, também entra em ação durante o sono.
Primeiro, ela dá uma sensação de sonolência; depois, reduz os ritmos cardíaco e respiratório, relaxa a musculatura e baixa a temperatura corporal.
À partir daí a liberação do GH e da leptina (hormônio responsável por controlar a sensação de saciedade) atingem seu ápice, e o cortisol, que induz ao sono profundo, começa a ser liberado e continuamente até o início da manhã, quando atinge o seu pico.
Dormir menos que o necessário pode causar diabetes: com a falta de sono, a insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) deixa de ser produzida adequadamente pelo pâncreas e, ao mesmo tempo, a liberação de cortisol, que tem ação contrária à da insulina e é relacionado ao estresse, aumenta.
Em curto prazo, dormir menos que o necessário pode provocar cansaço, sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda de memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, falta de atenção e dificuldade de concentração…
Se o desequilíbrio continuar, o quadro tende a se agravar e a pessoa pode entrar em um processo de perda do vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular e comprometimento do sistema imunológico, que levam a doenças, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e perda crônica da memória.
Dicas para um sono de qualidade:
- Evite café, chás (principalmente preto e mate, que contêm cafeína) e refrigerantes derivados de cola, após o entardecer, pois são estimulantes.
- Evite dormir com a televisão ligada, pois isso impede que você chegue à fase de sono profundo, quando o hormônio do crescimento atinge o seu ápice de liberação.
- Mantenha seu quarto sempre arejado e com boa circulação de ar. Quando for se deitar, certifique-se de que está bem escuro.
- Invista em um bom colchão, adequado ao seu peso e altura, em travesseiros confortáveis e em lençóis macios, de fibra natural, que permitem a transpiração.
- Procure ir se deitar sempre no mesmo horário, para criar uma rotina saudável.
Ao contrário do que se diz, não “perdemos” um terço de nossas vidas dormindo, ganhamos em saúde e qualidade de vida.