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Então é Verão!

Hoje, 21/12, inicia-se, oficialmente, o verão. E, com ele, as altas temperaturas – não necessariamente em Curitiba.

Os dias são mais longos, as pessoas estão mais alegres, curtindo as férias (em sua maioria), em ritmo de festas, mas… não podemos nos esquecer que nem tudo são flores!

Este é o momento em que algumas doenças estão mais em evidência.

São elas:

1. Desidratação: consiste na perda excessiva de líquidos e sais minerais pelo organismo, A perda diária de água sofrida por nosso corpo é de cerca de 2,5 litros, através da saliva, suor, urina e fezes.

No verão, as altas temperaturas acarretam transpiração excessiva, e também é mais frequente a ocorrência de vômitos e diarreia em virtude da ingesta de alimentos malconservados, o que pode levar à desidratação, que cursa com sede, boca e mucosas ressecadas, menor desejo de urinar e maior irritabilidade. Em casos mais graves, pode desencadear convulsões e até coma. Para evita-la, basta usar roupas leves, permanecer em ambientes arejados e com sombra, e ingerir líquidos frescos em grande quantidade. É a famosa dobradinha “sombra e água fresca”.

2. Intoxicação alimentar: muito comum nesta época, ocorre quando são ingeridos alimentos produzidos em locais com higiene inadequada em seu preparo ou conservação, ou quando os deixam expostos à temperatura ambiente por longos períodos.

Pode apresentar vários sintomas, como febre, cefaleia, e, principalmente, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação. Geralmente é um quadro autolimitado e de curta duração. Para prevenir, preste muita atenção à procedência de seus alimentos.

3. Hepatite A: Embora causada por um vírus, também é transmitida por alimentos contaminados, sendo mais prevalente no verão. Seus sintomas geralmente são pele amarelada, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular e aumento do fígado, mas o quadro pode cursar apenas com mal-estar geral. O diagnóstico é laboratorial. Em casos de suspeita, procure atendimento médico.

4. Insolação: esta decorre não somente da exposição prolongada ao sol, porque a areia reflete seus raios. Consiste em sintomas como pele avermelhada, quente e seca, temperatura de todo o corpo elevada, manchas arroxeadas, náuseas, vômitos, cefaleia e, em casos graves, inconsciência. Não esqueça de utilizar protetor solar, mesmo em dias nublados, reaplicando sempre após exposição prolongada, suor ou contato com a água.

5. Micoses: No verão, estamos muito mais expostos à umidade, seja pelo contato com água do mar ou da piscina, seja porque transpiramos mais. Isso favorece a proliferação de fungos, que podem provocar micoses na virilha, unhas e espaços entre os dedos dos pés. Caracterizam-se por manchas avermelhadas, que coçam e apresentam descamação, ou espessamento das unhas dos pés. Nesses casos, é importante procurar avaliação médica para indicação do melhor tratamento.

6. Bicho geográfico: Doença provocada pela larva migrans, presente nas fezes de cães e gatos, e penetra em nosso organismo pela sola dos pés. Forma lesões similares a um mapa, e coçam muito. Não deixe de procurar auxílio médico ao apresentar estes sintomas e, para evita-los, não ande descalço na areia, utilize cangas ou toalhas para se sentar, e evite levar estes animais para a areia. Seus vizinhos agradecem!

7. Conjuntivite bacteriana: é uma inflamação da conjuntiva (membrana que reveste os olhos), e consiste numa vermelhidão ocular, produção de secreção amarelada, lacrimejamento e sensação de “areia nos olhos” (sic). Pode ser contraída através do contato direto com pessoas contaminadas, compartilhamento de toalhas ou mergulho em águas contaminadas, do mar ou piscina. A prevenção exige que se evite essas situações, além de não coçar os olhos infectados. Para tratamento, um auxílio médico se faz necessário.

8. Dengue: é uma das doenças mais comuns do verão, porque o mosquito depende de água limpa e quente para se desenvolver. Cursa com dor de cabeça de forte intensidade, especialmente atrás dos olhos, febre alta e dor muscular intensa. Pode apresentar manchas vermelhas pelo corpo e dores articulares. A única forma de prevenção consiste na destruição dos criadouros do mosquito. Evite água parada! Para tratamento, procure atendimento médico imediatamente, e evite a automedicação!

9. Fitofotodermatoses: muito comuns nesta época, consistem na queimadura da pele devido ao contato do ácido de frutas cítricas com a exposição solar. Para prevenir, evite contato com essas frutas, ou lave muito bem as mãos e demais superfícies do corpo a elas expostas antes de ir ao sol.

10. Miliária: as famosas “brotoejas” são decorrentes da obstrução das glândulas sudoríparas, devido principalmente ao uso excessivo de protetores em forma de creme, associada à exposição ao calor excessivo. Pessoas que possuem pele oleosa são mais propensas a esse tipo de lesão, e uma boa maneira de evita-la é preferindo filtros solares em gel ou spray.

Qual a melhor maneira de aproveitar bem o verão, sem sofrimentos?

Tome muita água, prefira a sombra, use roupas leves, protetor solar em gel ou spray, prefira alimentos leves, frescos e de boa procedência.

Também elimine os criadouros do mosquito da dengue, e não exagere na alimentação ou na ingesta de bebidas alcoólicas.

Evite exposição ao sol das 11h às 16h, e aproveite!


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