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E o estresse infantil, como é que fica?

A infância tem sido ameaçada por um novo vilão: o estresse !!! 

Hoje não é mais tão fácil  ser criança como antigamente !

As crianças mantêm jornadas de até dez horas diárias, distribuídas entre escola e atividades complementares…confinadas em apartamentos, transformam o computador e a internet em janelas para o mundo, vivendo uma realidade virtual.

Diante disso, pais, educadores e médicos estão se voltando para o conforto emocional das crianças.

E quando o assunto é estresse, é preciso ter em mente que ele nem sempre é prejudicial, pois todos precisamos de algum estresse para viver.

Especialistas dizem que a hora do parto é a primeira experiência da criança com o estresse, seja o parto normal ou cesariana.

Primeiro, ocorre o eustresse, modalidade positiva que nos leva a decidir entre agir ou fugir.

Depois, se houver risco de sofrimento fetal, surge o distresse, e o nascimento passa a ser considerado traumático.

No comecinho de vida, o estilo de vida e a harmonia entre pais e familiares mais próximos do bebê são cruciais.

O bebê irá aprender observando e imitando os pais; ele capta sinais de nervosismo, de irritação e de medo.

Daí a importância de uma criança nascer e crescer em um ambiente emocional estável. 

A mãe é fundamental ao desenvolvimento do bebê, não só pela proteção e cuidados que representa, mas pela influência que exerce na vida da criança.

Logo nos primeiros dias de vida do bebê, sua atitude em relação a horários de mamadas, por exemplo, já determina em grande parte como será a personalidade da criança no futuro.

Se for o primeiro filho, certamente ela não agüentará ouvi-lo chorar por muito tempo e, prontamente, o amamentará, mesmo que tenha acabado de fazê-lo.

Isso ocorrendo repetidas vezes, o bebê se acostumará ao “pronto atendimento” e, com o passar dos anos, se tornará uma criança “mimada”, que não consegue lidar com contrariedades. Quando atingir a idade escolar, essa criança terá problemas, pois lhe faltarão recursos para interagir com o novo meio.

Na escola, ela terá de dividir atenção e brinquedos, mas como não aprendeu a fazer isso, se sentirá contrariada e brigará.

Crianças sadias também brigam, mas brigas muito frequentes ou isolamento por parte das outras crianças pode ser sinal de que algo não vai bem.

Em crianças e adolescentes, os principais fatores de estresse são perdas familiares importantes, mudança de cidade ou de escola, brigas constantes entre os pais ou a separação destes, violência doméstica, exigência exagerada de desempenho escolar, social ou esportivo, nascimento de irmãos, doenças e hospitalização.

Durante os anos de crescimento, o referencial de vida de crianças e adolescentes são seus pais e familiares.

Eles são verdadeiros espelhos para seus filhos, e a atitude que tiverem perante a vida repercutirá nas crenças e paradigmas que nortearão a vida futura de seus filhos.

Se foram muito protetores, certamente eliminarão os desafios da vida de seus filhos e, como resultado, estes não saberão lidar com as situações a que forem expostos.

A adolescência é o momento da formação da identidade pessoal, das grandes descobertas, e o estresse é iminente: estresse hormonal, estresse social e estresse familiar.

Na adolescência, rebeldia e impulsividade são desejáveis, mas os pais precisam saber lidar com isso, dando aos filhos, além do exemplo, incentivos, para que confiem em si mesmos, e apoio, para lidar com as consequências de suas ações.

Sem exemplo, sem autoconfiança e sem apoio a adolescência pode ser num verdadeiro período de trevas e o adolescente pode tornar-se um adulto infeliz, improdutivo, sem perspectivas nem identidade própria.


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