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Ebola – vamos saber mais sobre esta epidemia.

O mundo passa hoje pelo mais grave surto de Ebola de todos os tempos. No Brasil, uma única suspeita foi descartada na última semana, mas foi suficiente para ligar o alerta dos infectologistas.

 Afinal, devemos colocar mais este vírus na nossa lista de preocupações?  

A maioria dos especialistas em saúde pública acredita que as chances do vírus chegar ao País são ainda muito baixas. De qualquer forma, selecionamos alguns fatos importantes sobre a doença que ele causa:

De onde vem o vírus?

Os primeiros registros da doença do vírus Ebola, também conhecida como febre hemorrágica do Ebola ou simplesmente Ebola, foram feitos em 1976, na região do Sudão e da República Democrática do Congo.

Inicialmente, acreditava-se que o contágio teria começado entre pessoas que se alimentavam de gorilas infectados.

Entretanto, a teoria mais recente sugere que a infecção começa com a contaminação de alimentos por excrementos de morcegos frutívoros infectados.

Como é transmitida?

Assim como gripes e resfriados, a doença é transmitida por meio do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas.

Por exemplo, quando uma pessoa sadia entra em contato com sangue, urina ou saliva de um doente e, na sequência, toca a mão infectada nos próprios olhos ou nariz.

A doença só é transmissível depois de aparecerem os primeiros sintomas.

Entretanto, nos casos de pessoas que sobreviveram à doença, o vírus permanece vivo no organismo por até sete semanas após a infecção.

Por que é uma doença tão cruel?

Primeiro, porque é fácil de transmitir de pessoa para pessoa. As taxas de mortalidade também são altíssimas, chegando a 90% dos infectados.

Quais são os sintomas?

Os sintomas aparecem de dois dias e três semanas após o contágio, normalmente, entre o oitavo e o décimo dia. São semelhantes aos de uma gripe forte ou dengue: febre alta, dores de cabeça, dores musculares e, às vezes, erupção cutânea

Na sequência, são comuns ocorrências de vômito, seguido ou não por sangramento generalizado nos olhos, pele, boca e internamente.

Neste estágio, os órgãos internos, como coração e rins, podem falhar – o que se torna o motivo mais frequente das mortes.

Ebola tem cura?

Apenas 10% a 40% dos infectados sobrevivem ao vírus. Não existem medicamentos específicos para o tratamento, tais como antibióticos. Entretanto, drogas experimentais estão sendo testadas em humanos.

No tratamento, a vítima precisa de fluidos intravenosos, isolamento estrito e suporte em unidade de terapia intensiva.

Que cuidados devem ser tomados?

No dia 9 de agosto, o Ministério da Saúde brasileiro começou a emitir alertas em aeroportos para que passageiros das companhias aéreas estejam cientes dos sintomas da doença. Também elevou o nível de preocupação para 2 (em uma escala de 0 a 4).

Até agora, o Brasil não tem restrições de viagem e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, “o risco de um turista ou empresário se infectar com o vírus Ebola durante uma visita às áreas afetadas e desenvolver a doença após o retorno é extremamente baixo”.

De qualquer maneira, é prudente evitar viagens desnecessárias à África Ocidental até que a epidemia seja controlada e estar atento ao contato com qualquer pessoa que esteve recentemente na região.

Também é bom ter em mente que, assim como a maioria das infecções virais, cuidados simples com a higiene podem ajudar a diminuir a propagação da doença.

Por isso, lave frequentemente as mãos com bastante água e sabão.

Pode-se também, após lavar as mãos, esfrega-las com álcool com pelo menos 60% de concentração.


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