HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: Um inimigo silencioso
Mesmo em um momento em que a tecnologia está ao alcance de nossas mãos, e as novidades a um clique de distância, pode-se dizer que ainda há muitas dúvidas com relação a um problema a cada dia mais prevalente: a Hipertensão.
E por quê?
Simples: pelo caráter silencioso da doença.
A hipertensão arterial sistêmica, vulgo “pressão alta”, acomete a maior parte dos brasileiros, não sendo encontrada uma causa de base em 90% deles. Além disso, dentre estes, 30% simplesmente desconhecem a sua condição, uma vez que, geralmente, a doença é totalmente assintomática.
Mas dor na nuca não é sinal de pressão alta?
Não. Quadros de dor, independente da localização, podem cursar com aumento pressórico compensatório, mas o oposto não é verdadeiro: embora emergências hipertensivas, bem como causas secundárias de hipertensão, podem gerar sintomas como cefaleia, palpitações, ansiedade ou turvação visual, a imensa maioria dos casos de hipertensão arterial primária não dão sinais, e é neste ponto que reside a gravidade da doença: hipertensos crônicos são mais propensos a eventos cardiovasculares e cerebrovasculares, tais como AVC e Infarto Agudo do Miocárdio.
O que fazer?
A primeira medida a ser adotada por todos, é muito fácil: reduzir o sal da dieta. Vivemos a Era dos Alimentos Industrializados. Isto é um perigo para os desavisados, pois vale lembrar que todos os alimentos processados possuem uma quantidade considerável de sódio. A quantidade máxima a ser ingerida de sal de cozinha em um dia é o equivalente a uma tampa de caneta bic cheia, porém, aos amantes da cozinha prática, uma informação: um pacote de Miojo possui mais sódio do que o recomendado. Temperos prontos, idem. E o mais importante: todo refrigerante possui sódio, em especial a coca-cola. Ou seja: cuidado com o que você coloca em seu carrinho de supermercado. Atente-se aos quadros de informação nutricional presentes em cada alimento comprado, para garantir um consumo saudável, e consciente.
Além disso, é importante passar por avaliação médica anual, especialmente indivíduos com mais de 35 anos, com história familiar positiva para hipertensão ou eventos cardiovasculares prévios. O diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica é feito com mais de uma aferição, portanto, mantenha um acompanhamento adequado.
E por último, mas não menos importante: uma vez iniciado o tratamento, ele não deve ser descontinuado sem conhecimento do médico que o acompanha. Lembre-se que a hipertensão é uma doença crônica, ou seja, não tem cura. Uma vez controlada com medicação, é sinal de que esta é adequada e suficiente para este controle, e não, que é desnecessária.
Onde acompanhar?
O ambulatório de Medicina de Família da Judicemed funciona diariamente, das 13h as 17h. O principal requisito da especialidade é, justamente, o acompanhamento de doenças crônicas e prevalentes. Agende seu horário. Será um prazer auxiliá-lo no tratamento desta doença tão “traiçoeira” – silenciosa, porém mortal.
Dra Andréia Conte
Médica de Família
CRM-PR 28965
Ambulatório Judicemed
R. Alberto Folloni, 341/343 3º andar
