OUTUBRO ROSA – A ACUPUNTURA E O CÂNCER DE MAMA
O mês de outubro chegou! Todas as cidades do mundo estão se vestindo de Rosa para conscientizar a toda a população com relação a uma doença bastante prevalente: o câncer de mama.
E qual o papel da acupuntura nesta história?
Esta Arte Milenar é responsável pela qualidade de vida!
Ou seja, pode ser utilizada antes do diagnóstico da doença, para equilíbrio de todo o organismo, ou no pós-operatório, em mulheres submetidas a quadrantectomia, mastectomia radical, com ou sem esvaziamento linfonodal, e/ou submetidas a quimioterapia/radioterapia.
Nestes casos, vários estudos apontam para a eficácia da técnica no controle da sintomatologia gerada pelo tratamento convencional do câncer, a saber:
O esvaziamento da cadeia de linfonodos pode gerar linfedema, ou seja, inchaço no braço onde foi realizado o procedimento, o que gera dor, desconforto e limitações ao movimento.
Em sua tese de doutorado, a pesquisadora Michele Elisabete Rubio Alem comprovou, ao acompanhar 29 mulheres submetidas a quadrantectomia ou mastectomia radical, com esvaziamento axilar, no período de 10 meses, que o linfedema diminuiu consideravelmente ao serem submetidas à técnica da acupuntura.
Em mulheres submetidas à quimioterapia neoadjuvante ou adjuvante, os efeitos colaterais mais comuns são as náuseas e vômitos.
A maioria dos estudos de acupuntura nesta área dizem respeito especialmente a esta sintomatologia e, embora com limitações de método, é unânime a melhora das pacientes que recebem tratamento com as diversas modalidades de acupuntura.
Como auriculopuntura, acupuntura tradicional, eletroacupuntura, ou, com resultados menos significativos, a moxibustão.
Outros sintomas bastante frequentes no pós-operatório, e igualmente estudados, são os fogachos, ou “calorões”, similares aos sofridos por mulheres na pós-menopausa.
Como grande parte dos tumores são dependentes de estrogênio, é necessário restringir a exposição dessas mulheres ao hormônio em questão.
Nesses casos, a Terapia de Reposição Hormonal é contraindicada, sendo necessárias outras alternativas de tratamento.
Em um estudo de revisão publicado na biblioteca Cochrane, em 2013, detectou-se melhora das pacientes submetidas à acupuntura com relação às que não receberam tratamento, na grande maioria dos estudos.
Resumindo, embora os estudos no campo da acupuntura ainda sejam muito restritos devido à dificuldade de cegamento, cada vez mais eles comprovam a eficácia desta técnica no controle dos efeitos adversos do tratamento convencional para o câncer de mama.
Sendo assim, vale a pena considerá-la uma opção para melhorar a qualidade de vida dessas pacientes, já tão debilitadas pela própria condição.