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Você toma medicamentos para dormir?

O zolpidem é um das “pílulas para dormir” mais populares em todo o mundo.

O nome da marca mais comum para esta droga no Brasil é Stilnox, também disponível na forma genérica.

Nos Estados Unidos, a marca mais comum é Ambien.

Sua popularidade deve-se, provavelmente, ao fato de que ela age muito rápido no organismo, em cerca de 15 minutos, mas seus efeitos normalmente desaparecem pela manhã e o usuário não acorda “grogue” no dia seguinte.

No entanto, cada pessoa metaboliza ou “quebra” a medicação em um ritmo diferente da outra.

Algumas delas, por exemplo, ainda sentem um pouco de sonolência pela manhã.

Contudo, tem aparecido outro problema bastante incomum: alguns usuários têm experimentado episódios bizarros de sonambulismo. Esses episódios (por vezes, referido como comportamento autônomo, no estilo “zumbi”) variam de sonambulismo simples, como comer em excesso, até “dormir dirigindo”.

Tais comportamentos têm sido observados com outros medicamentos para dormir também, mas parece que eles são mais comuns com o zolpidem.
A ingestão excessiva noturna tem até um nome: “Distúrbio Alimentar Relacionado ao Sono”, e segue um relato:

“Os usuários da droga, às vezes, entram em suas cozinhas, em estado de sonambulismo, e consomem tudo o que há em suas geladeiras, podendo ingerir milhares de calorias.

Na manhã seguinte, os comedores noturnos não se lembram de nada do que aconteceu. Mas, encontram pistas reveladoras: bocados de maionese, chips em suas camas, farinha transbordando dos balcões da cozinha, comida faltando e até fornos e fogões acesos.

Alguns se sentem tão envergonhados que não se atrevem a dizer a ninguém o que está acontecendo, mesmo quando começam a ganhar peso”.

Além desse efeito “zumbi”, o problema da sonolência, na manhã seguinte, é tão grave em algumas pessoas que, em 10 de janeiro de 2013, a Food and Drug Administration (EUA) – a agência americana de regulação de alimentos e medicamentos – recomendou uma dose reduzida do remédio.

Estudos descobriram que até 15% das mulheres e 3% dos homens tinham resíduos da droga acumulados em seu organismo, na manhã seguinte ao uso, em quantidade tal que a capacidade de dirigir foi prejudicada.

Evidentemente, as mulheres metabolizam esse medicamento de forma diferente dos homens. Assim, a dose de zolpidem para mulheres, recomendada pela Agência (na sua forma de liberação imediata), deve ser diminuída de 10 mg para 5 mg.

A Agência também sugere que os homens considerem a redução de sua dose pela metade.

Para idosos, a dose recomendada sempre foi de 5 mg ou menos. Algumas pessoas, de várias faixas etárias, descobriram que ¼ de um comprimido [2,5 mg] já é eficaz.

No entanto, o uso de medicamentos para dormir deve ser limitado.

Além de sonambulismo e sonolência pela manhã, há uma preocupação em relação à dependência e/ou à tolerância medicamentosa (ou seja, você pode precisar de doses cada vez maiores da droga para sentir seu efeito).

Se você faz uso de quaisquer medicamentos para dormir, seria sábio consultar seu médico e discutir essas questões.


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