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O inverno e as doenças respiratórias.

Com a chegada do inverno, o frio, o tempo seco e a menor dispersão dos poluentes pioram a qualidade do ar, o que por si só já seriam fatores irritantes das mucosas respiratórias.

Vírus e bactérias acabam se transmitindo de pessoa a pessoa com maior facilidade, causando alguns surtos e até epidemias.

As pessoas já portadoras de doenças respiratórias crônicas, tais como a asma, a DPOC(Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou a rinite alérgica têm maior tendência a apresentar crises de exacerbação nesta época do ano em função disso.

Para se ter noção da importância das doenças respiratórias no Brasil, os registros da ANS apontam que as doenças respiratórias (pneumonia, asma e DPOC) representam em conjunto as principais causas de internação no nosso país.

Ainda, as pneumonias são consideradas como a quarta maior causa de óbito no Brasil, excetuando-se a mortes traumáticas, violentas.

Entre as principais doenças respiratórias que se agravam no inverno, a asma é presença constante.

Doença inflamatória dos brônquios de causa alérgica, seus portadores apresentam uma reação exagerada das paredes brônquicas (chama de hiper-reatividade) a estímulos externos, que podem ser poluentes ambientais ou mesmo domésticos, como os ácaros, animais de estimação ou fumaça do cigarro.

O tempo frio também pode desempenhar este papel de desencadeador das crises. Os sintomas clássicos são o chiado no peito e a falta de ar.

O tratamento, feito à base de drogas anti-inflamatórias por via inalatória, trata a causa do processo e previne o portador de desenvolver crises quando exposto a estes fatores.

A DPOC é uma designação para um misto de bronquite crônica e enfisema pulmonar, alterações irreversíveis que ocorrem nos brônquios e pulmões de fumantes.

Evolui também em crises que podem ser mais frequentes nesta época do ano.

Os sintomas clássicos são a falta de ar, tosse persistente com produção de escarro, pigarro crônico e até chiado no peito.

A melhor prevenção para esta doença é a cessação do tabagismo. Os portadores desta enfermidade beneficiam-se da vacinação antigripal que antecede os meses mais frios.

Pneumonias são infecções do pulmão, que podem ocorrer em qualquer época e em qualquer pessoa, embora os fumantes estejam mais predispostos a isso, pois já apresentam uma colonização crônica por bactérias na sua árvore respiratória (bactérias habitualmente vivem nos seus brônquios).

Geralmente decorrem de um quadro gripal anterior, e esses vírus abrem as portas das defesas pulmonares para a penetração de bactérias no seu interior.

Os sintomas clássicos são a tosse, febre, falta de ar e até mesmo dor torácica, de início súbito, com grande queda do estado geral do doente. Mas quadros menos intensos também podem ocorrer.

A vacinação antigripal é indicada para alguns grupos de risco na tentativa de se prevenir esta grave infecção, tais como os idosos, os portadores de doenças respiratórias crônicas, de doenças cardíacas, de doenças renais, de diabetes, portadores de doenças que levem à baixa de imunidade e usuários crônicos de corticoides sistêmicos.

A melhor maneira de preveni-las neste período de outono-inverno é a continuidade do uso rotineiro das medicações de controle pelos portadores dessas doenças.

A vacinação antigripal também é importante ferramenta de prevenção do agravamento e internação, pois o principal mecanismo desencadeador das crises no outono-inverno são as infecções por vírus respiratórios.

Além disso deve-se evitar aglomerações em lugares fechados e mal ventilados, evitar as mudanças bruscas de temperatura, o contato com a fumaça do cigarro e animais dentro de casa, e realizar periodicamente e frequentemente a higienização das mãos com água e sabão e, quando possível, com o álcool-gel.

A vacina antigripal é fabricada a partir dos três principais tipos de vírus Influenza causadores de epidemias no inverno anterior. Ela não previne contra novos vírus ou vírus mutantes, mas é muito eficaz na prevenção da gripe e, principalmente, da evolução desta para pneumonia na maioria das pessoas.

A vacinação antigripal é um eficiente protetor e deve ser administrada principalmente naquelas pessoas com os fatores de risco citados.


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