Somente urgência e emergência

Telefone de Plantão

Prevenção da osteoporose deve começar na juventude

Realmente, somos os únicos animais que consomem leite na fase adulta, mas existem motivos para isso que vão além da discussão sobre saúde:

1) Desenvolvemos técnicas para domesticação do gado e, assim, conseguimos incorporar o leite animal em nossa dieta;

2) Não destinamos o leite à alimentação de outros animais adultos porque ele é considerado muito nobre e seu custo é alto demais para usá-lo como ingrediente de ração, embora alguns produtores de suínos utilizem soro de leite para a alimentação dos animais.

Esses apontamentos são da dra. Patrícia Blumer Zacarchenco, pesquisadora científica do TECNOLAT-ITAL (Centro de Tecnologia de Alimentos –Instituto de Tecnologia de Alimentos do Estado de São Paulo), que há mais de 18 anos anos estuda o alimento.

“Quando o filhote se torna adulto, o desmame feito pelas fêmeas das diversas espécies ocorre não porque o leite deixa de ser adequado para a cria, mas sim para que o filhote passe a ingerir outros alimentos.
Também serve para poupar energia da fêmea para um novo processo de gestação. ”

A mesma lógica pode ser aplicada às pessoas.

O leite, mesmo o de origem animal, não deixa de ser nutritivo quando nos tornamos adultos, apenas incorporamos outros alimentos em nossa dieta, tanto por terem outros nutrientes que não estão presentes no leite quanto por aumentarem nossa capacidade gustativa.

Por mais que exista uma vertente contrária ao seu consumo, o leite traz benefícios à saúde, sim.

Ele ajuda na prevenção da síndrome metabólica, na redução da pressão arterial, na prevenção do diabetes tipo 2 e, claro, da osteoporose, pois quando o assunto é ingestão de cálcio, a bebida ainda é uma das fontes mais importantes do nutriente.

Claro que existem outros meios de ingerir o mineral.

As verduras verde-escuras (brócolis, espinafre e couve), assim como castanhas-do-pará, amêndoas e tofu são excelentes fontes de cálcio .

Muitas dessas, inclusive, têm teor mais elevado do mineral que o próprio leite. Por exemplo: 100 g de brócolis têm 513 mg de cálcio, enquanto 100 ml de leite têm 107 mg.

Por que, então, insistir no consumo de leite? “Alguns alimentos, principalmente os ricos em fibras, contêm fitatos (presentes nos farelos de cereais), oxalatos (presentes no espinafre e nas nozes) e taninos (presentes nos chás).

Esses componentes diminuem a biodisponibilidade (a velocidade e extensão de absorção de um princípio ativo) do cálcio, o que pode comprometer a quantidade de mineral efetivamente aproveitada pelo organismo.

Já o leite conta com a presença de caseinofosfopeptídeos, lactose e proteínas que facilitam a absorção do cálcio”, explica a Dra. Patrícia Blumer.


Pular para o conteúdo